sábado, 18 de junho de 2011

A queda dos Romanov











Nicolau se sentia o ungido por Deus. Aquele que tudo podia. Sua ordem era lei. Cresceu acreditando nisso. Todos em volta, e eram muitos, com certeza, também achavam isso.

Se achava amado, idolatrado pelo povo. Não o percebia passando fome, necessidades, e um ódio a ele, aos poucos crescendo. Tumultos, greves, eram coisa de agitadores, segundo ele.

Quando foi obrigado a se abdicar, atribuiu isso a uma vontade divina, uma espécie de provação que teria de passar, que Deus o resgataria do sofrimento e o colocaria de volta. Que a sua presença era necessária à mãe Rússia.

Não tinha visão clara dos terríveis acontecimentos, como Maria Antonieta também não tivera.

Até que um dia no ano de 1918, as duas da madrugada, Nicolau Romanov, reunido com toda a sua família: as três filhas, a esposa, o menino que poderia ter sido o seu herdeiro, recebeu do comandante da tropa revolucionária, a notícia de que seria fuzilado.

Enquanto se assustava se virou olhando para a direção do seu filhinho, recebeu a bala mortal disparada pelo comandante da tropa de fuzilamento.

Nisso, todos os outros soldados dispararam de forma desordenada sobre todos os romanov, inclusive as moças inocentes, jovens, que nada entendiam de  política, de revolução, do povo passar fome.



Mas, ao receberem os tiros, nada aconteceu. Mesmo impressionados, os soldados as atacaram com golpes de baioneta, e nada aconteceu. Foi necessário tiros na cabeça para finalmente matá-las. Que espécie de animal seriam esses homens pra assassinarem tão brutalmente assim, crianças inocentes, mesmo sob a desculpa da revolução?

O que teria se passado na cabeça delas, ao verem vários homens atirando nelas, e as atacando com as baionetas?

Obs: O livro a Queda dos Romanov, embora narre os fatos do fuzilamento acima, e claro, com todos os detalhes, é um livro de difícil leitura. Levei mais de três meses para lê-lo, não pelo tamanho do seu volume, mas por ser uma leitura pouco prazerosa. É um livro documentário, explicando com detalhes os fatos que desencadearam na Revolução Russa e no fuzilamento dos Romanov.

Mesmo assim insisti na sua  leitura - lia uma ou duas páginas por dia - as vezes levava uma semana pra ler outras.

Embora difícil, fui insistindo pelas descobertas de certas coisas, algumas até mesmo pessoais, das famílias reais daquele tempo, mas que de certa forma, interessantes, e que até mesmo explicam, muitos fatos históricos ocorridos no mundo, a futuras gerações.

Mas friso, é um livro enfadonho, a própria bibliotecária que o emprestou, leu apenas as páginas  iniciais.

4 comentários:

Nanda disse...

Carlos, que bom que já esá com o kit. Eu estava super ansiosa e, a cada 'entrega não realizada', ficava mais preocupada. Ainda bem que chegou em suas mãos e gostou de tudo. O livro, nunca li - já vi filmes. Mas deve ser, no mínimo, interessante! Bom final de semana!!!

Beth disse...

Carlos, ainda não li ou vi nada a respeito, mas só o pedaço que você contou me deixou tão pensativa sobre o que passa na cabeça das pessoas num momento desses... no de quem mata, no de quem está ali a mercê do outro... das crianças...
Triste.
Obrigada pela visita. É, eu sou determinada sim, quando cismo que vou, vou mesmo. Quando não cismei de verdade, me atrasei...
Beijos!

katy disse...

bom, então esse vai ficar no final da minha lista!!!! boa semana.

maria claudete disse...

Parabéns pela coragem e mais ainda para todos nós que tivemos o prazer de ler sem esforço um resumo tão interessante de fatos da Revolução Russa, assim dá até para encarar. Abraços e parabéns pelo kit da Nanda.